Tocando na ferida - Escola, violência e legislação sem idealismos.

on domingo, 24 de maio de 2015
Existem alguns assuntos que eu evito debater na internet por alguns motivos:

1) Não há debate e sim exibicionismo de quem é o melhor (normalmente na base do grito e da ofensa e não da argumentação).

2)  Tudo já está muito polarizado... Ex.: Se você criticou o governo Dilma então deve ser um espião do PSDB, se criticar o FHC deve receber alguma bolsa da Dilma... Ou se é anarquista ou se é fascista...

3) As pessoas não querem estudar os temas e se contentam com frases feitas aprendidas em alguma cartilha.

Porém, tem horas que não dá mais e aí vale lembrar a velha frase de que "No inferno os lugares mais quentes estão destinados aos omissos" e seguir o que diz a Bíblia "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca." (Apocalipse 3:15-16).

Estava eu vendo os debates sobre a morte do ciclista esfaqueado no Rio de Janeiro e lembro de poucas vezes ter visto tanta bobagem junta. Boa parte disto por culpa de uma direita que oscila entre um liberalismo individualista (sendo que se o capital é social não seria possível essa ideia do "cada um por si" ignorando o resto da sociedade) e um militarismo fascistóide, mas também por culpa de uma esquerdinha pós-moderna de classe média cada vez menos ortodoxa e mais abraçadora de árvores e que se preocupa menos em estudar economia (que acham ser uma ciência burguesa... Pobres Marx e Proudhon) e mais em estudar livros de auto-ajuda para ficar dizendo "Amor Livre"/"Mais amor por favor"/"Ninguém é dono de ninguém" e outros delírios que poderiam ter se encerrado com o festival de Woodstock.


Capa do Extra do dia 22/05/2015
O que foi para mim o cúmulo, a ponto de me fez largar meus compromissos para escrever aqui, foi a manchete do Jornal Extra no dia de hoje (tão celebrada por uns e repudiada por outros). São tantas coisas grotescas que estão nessa matéria e nos argumentos sobre o caso que me fazem ter que falar em tópicos para facilitar o entendimento:

1) A escola desistiu de alguém? Não! A escola não desiste de ninguém pois é não tem que insistir em ninguém, a escola não é depósito e nem educadora moral, a escola serve para o desenvolvimento "intelectual" (não vou entrar aqui nas discussões sobre esta palavra e a usarei no seu sentido mais vulgar) como desenvolvimento da linguagem, desenvolvimento do raciocínio lógico/argumentativo/retórico e matemático, desenvolvimento das aptidões científicas/filosóficas/artísticas de acordo com cada disciplina... O meu pensamento é conteudista? De certa forma sim (apesar de ter asco a ideia da simples memorização que ocorre na escola no lugar da assimilação do modo de fazer), mas é para isso que serve a escola (salvo as escolas religiosas e militares que teoricamente tem um compromisso DOUTRINÁRIO de formar a pessoa integralmente). A escola tem alguma participação na formação moral? Sem dúvidas que sim, da mesma forma que qualquer outro ambiente como o seu próprio emprego ou time de pelada também tem alguma participação, mas não é protagonista nisto que apenas a família (junto com a instituição religiosa ou militar de acordo com o caso) pode fazer. Quem trabalhou em escolas públicas problemáticas sabe muito bem que a escola nem deveria ser obrigatória, pois ao colocar o aluno que não quer nada (e ele tem o direito inalienável de não querer se formar e que é impossível impedir ele disso) com o aluno que quer o prejudicado será este último pois o professor que já fica sobrecarregado por lidar com muitos alunos simultaneamente acaba tendo que gastar toda a sua energia em conter os excessos do aluno que nada quer. A escola não desiste de ninguém pois ela não é reformatório, ela está lá para ensinar os que querem e não para tentar converter quem não quer. Podemos contribuir com a educação, mas não tomar a dianteira nisso (aliás isso é só mais uma tentativa de jogar a culpa nos professores que já vivem em seu limite).

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2) O criminoso é vítima da injustiça social? Não necessariamente ou não existiriam vários criminosos oriundos de famílias abastadas! A principal vítima dos criminosos é o TRABALHADOR que enfrenta uma jornada de trabalho exaustiva em conduções lotadas e sem o mínimo de salubridade para no final do mês receber o um salário que não paga nem as compras no mercado. Marx e outros grandes teóricos do campo de esquerda sempre foram claros em mostrar que sua luta é pelo PROLETARIADO, pela classe PRODUTIVA e criminosos não se incluem nela (antes são inimigos da mesma já que é o TRABALHADOR que é assaltado no BRT e é o TRABALHADOR que não tem acesso aos serviços públicos por conta da corrupção na classe política). Então, vamos parar com essa mania de inocentar o algoz... Eu trabalhei com crianças que não tinham o que comer e ao invés de estarem esfaqueando os outros na rua elas se sacrificavam estudando (já tive aluna desmaiando na escola pois não comia fazia tempo) e alguns desses conseguiram até entrar para escolas de referência (nessas horas ninguém fala mal do "conteudismo" né?)... Elas eram vítimas das estruturas injustas, não os que optaram em querer matar e roubar aquilo que outros conseguiram com suor (sim, pois essa esquerdinha de classe média não acha nada demais o risco de ser vítima na rua pois seu condomínio tem boa segurança e perder R$ 100,00 em um assalto não vai te deixar sem comer no fim do mês). Na República Popular da China, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, República Democrática Popular da Coréia ou até mesmo na social-democracia escandinava não se faz essa choradeira vitimizante com os criminosos, antes eles tem a certeza da punição (nas repúblicas marxistas até de forma bem mais dura).



3) Ser hippie é legal, mas já está ultrapassado. Hoje, a esquerda atual tem pavor das palavras: ordem, disciplina, punição, militarismo, polícia. Esse pânico não encontra respaldo nem nas teorias socialistas e nem nas práticas dos regimes, talvez só na choradeira revisionista de setores do PSOL. Não precisamos adotar o Juche, mas também não precisamos virar abraçadores de árvores.

Cartaz da Frente Popular durante a Guerra Civil Espanhola.
4) Mas e os mortos nas favelas? Obviamente que não podem ser esquecidos, mas também isso não pode ser desculpa para esquecer de alguém de outra origem que foi morto brutalmente... Todos devem ser lembrados! Se eu me revoltei com a impunidade de Thor Batista ao ter matado um ciclista, não posso achar bonita a impunidade do menor que matou outro (até por questão de coerência e humanismo).

5) Nem reduzir a maioridade penal atoa e nem deixar tudo como está onde um aluno estupra uma aluna ou quase mata um professor e no máximo será transferido de escola, isso se os pais não reclamarem da distância da nova escola e o MP obrigar ele a retornar a escola de origem junto da vítima... Duas propostas bem coerentes e que precisam ser discutidas são: A) Tornar o ECA mais rígido com o menor infrator. B) Reduzir a maioridade penal apenas para crimes hediondos.

6) A pena de morte e a prisão perpétuas são grandes erros, tanto pelos possíveis equívocos quanto por não trazer nada de bom pra sociedade (nem compensar os erros e nem reformar o indivíduo), sendo assim o trabalho (mesmo que forçado) deve ser a punição como forma de evitar o ócio, ensinar algo de útil ao detento e principalmente botar ele para trabalhar pela sociedade. Tal prática é muito usada nos Estados Unidos, na China e foi muito usada também na URSS.


7) Direitos Humanos são vitais sim para a sobrevivência da sociedade sem tirania, porém devemos pensar também (e principalmente) nos Direitos Humanos das vítimas e possíveis vítimas e não apenas do criminoso. A impunidade do criminoso vai levar ele a fazer novas vítimas (novas pessoas que não terão respeitados os seus direitos humanos).

7) O jornal Extra e sua linha editorial, condizente com a linha do O Globo, tenta culpabilizar a escola (mais especificamente os professores) e levar a fatos como esse: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,e-uma-crianca-diz-mae-de-acusado,1693020

Vale a pena ler:
http://www.osul.com.br/professor-que-teve-o-nariz-quebrado-por-aluno-vai-abandonar-a-profissao/

http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-08-30/brasil-e-lider-mundial-em-agressao-a-professores.html

http://professormoroni.blogspot.com.br/2013/09/jonas-os-professores-e-uma-outra-evasao.html

http://professormoroni.blogspot.com.br/2013/09/desabafo-conscientizador.html

Richa, Paes, Garcia, Pezão e Cabral dariam orgulho a Goebbels e Hitler.

on sexta-feira, 1 de maio de 2015
Ministério da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil manifesta sua solidariedade aos professores.

Depois do massacre provocado contra os professores do Rio de Janeiro, promovidos pelos governos de Cabral-Pezão-Paes (na sórdida aliança PMDB-PT) e Paulo Garcia (PT), o governador paranaense Beto Richa (PSDB)  fez algo parecido para mostrar que o autoritarismo/corrupção/descaso com o povo não é exclusividade de um único grupo político (e que PT = PMDB = PSDB).

Mas, agora temos uma novidade... Policiais de sangue rosa!!!!! O PM Umberto Scandelari, demonstrando que é um ser digno do desprezo de todas as pessoas de boa vontade, posta uma foto pintado de rosa e dando a entender que foi agredido por professores (de inicio recebendo mensagens de apoio dos seus amigos que desejavam que ele estivesse bem e se recuperasse)... Porém, quando pessoas com o QI superior ao de uma barata, começaram a ver a péssima maquiagem do PM e a zuar, ele editou a foto para dizer que não era sangue... Bom, ser pintado é motivo para agredir de forma tão brutal outras pessoas? Se ele foi atacado com tinta, como explicar o fato da farda estar limpinha e apenas estar sujo na cara e nos braços? Silêncio reina...




Na próxima foto, temos uma farda com um ou outro pingo, mas ainda não ficando explicada como a quantidade imensa de tinta que supostamente teria atingido o PM encharcaram o braço e capacete, mas fugiram da farda... 




Com produções assim, o Brasil não vai levar o Oscar de efeitos especiais...

Paulo Garcia (PT) também deu sua contribuição contra a classe.

Richa/Paes/Pezão/Garcia imitam Gobbels na mentira e Hitler na opressão...

Fora Richa!
Fora Pezão!
Fora Paes!
Fora Garcia!