Sou um homem de tendência pacifista, afinal nem revoluções sangrentas eu defendo por não acreditar que são verdadeiramente revolucionárias e por eu defender as vias democrática, mas sei que em certos momentos a guerra é a única solução para evitar um mal maior. Assim foi na segunda guerra mundial, quando Getúlio Vargas assumiu a corajosa postura de enfrentar o nazi-fascismo (e que aliás meu tio-avô Gervásio Gomes de Azevedo foi um dos ex-combatentes que ajudou a derrotar o nazi-fascismo e depois se tornou deputado federal pelo PCB-SP).
Hoje, ninguém chega a cogitar que talvez tivesse sido melhor não atacar o nazi-fascismo e deixar eles livremente espalharem o horror de seus massacres e de sua tirania pelo mundo. Maaaas, parece que a presidente Dilma, logo ela que no passado pegou em armas contra um regime ditatorial (que não tinha metade do poder destrutivo no nazi-fascismo ou do "Estado Islâmico"), chegou a conclusão que é melhor deixar a barbárie vencer sem fazer nada:
http://noticias.terra.com.br/brasil/na-onu-dilma-critica-bombardeio-dos-eua-ao-estado-islamico,b0830d67fc3a8410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
É evidente que os EUA tem um histórico péssimo, aliás os EUA são responsáveis pelo fortalecimento de vários grupos terroristas como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, já que os EUA ignoravam as convicções fundamentalistas desses grupos e por vezes os ajudavam/treinavam/financiavam para combater outro inimigo dos EUA (como a URSS, Baath, ...) e logo depois que esse inimigo comum caia os terroristas se voltavam contra os EUA. Porém, não podemos confundir as coisas e achar que inimigo do meu inimigo é meu amigo ou cairemos no mesmo erro dos EUA. A esquerda não pode cair no canto da sereia de achar que nada deve ser feito sobre o fundamentalismo religioso apenas para contrariar os EUA, seria algo tão absurdo quanto no período da 2ª Guerra Mundial ter apoiado Hitler para contrariar os EUA.
De fato, muito me estranha que alguns desses setores de esquerda, que hoje querem ser contra qualquer intervenção militar, se dizem sucessores daquela esquerda que foi para as ruas pedir para o Brasil entrar na guerra contra o nazi-fascismo ou daquela esquerda que cedeu voluntários para as Brigadas Internacionais que combateram os franquistas na Espanha. Me estranha mais ainda o fato desses mesmos setores serem tão cegos para os riscos do fundamentalismo teocrático (o que me lembra de ter lido um defensor da causa LGBT criticar Marina Silva por ela ter criticado o homofóbico Irã)...
Dilma, com essa postura covarde, não apenas se torna cúmplice pelas mortes e perseguições do Califado, mas também joga no lixo toda a sua história (afinal ela mesma pegou em armas contra a ditadura militar ao invés de buscar o diálogo com o regime) e bem como a de toda a esquerda combativa que nunca se calou perante a Tirania... Não se negocia com quem fere os direitos humanos, persegue minorias, pratica terrorismo, executa pessoas inocentes com o agravante de ser de maneira bárbara e filmada para aumentar a dor de seus entes queridos... Esse lixo só pode ser combatido, como a Esquerda sempre fez, seja com o Jacobinos ou com a Guerra Civil Espanhola ou mesmo a Segunda Guerra Mundial:
No símbolo jacobino podemos ler: "Guerra aos Tiranos" |
No símbolo da França Revolucionária lemos: "morte aos tiranos, paz ao povo" |
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