A via crucis do RJ na saúde (e na segurança).

on domingo, 6 de abril de 2014
Caros leitores,
Peço desculpas por qualquer erro na postagem, pois estou fazendo ela de dentro da UPA da Barra da Tijuca pelo celular.

O que me deixa mais indignado é que isso está longe de ser novidade.

Hoje minha namorada estava passando mal de forma grave, com muita dor e sem nem conseguir andar sozinha. Como ela não tem plano de saúde, de cara buscamos a UPA da Taquara (que serve apenas de enfeite pois não tem médico), lá a informação era de que na região (Que conta com posto de saúde e hospital federal além da citada UPA) não se conseguiria atendimento médico e que deveríamos TENTAR ou na UPA de Realengo ou no Hospital Lourenço Jorge na Barra da Tijuca. E lá vai dinheiro de táxi, afinal como alguém que não tem carro vai levar uma pessoa que está passando mal sem conseguir andar de ônibus?

Chegamos no Hospital Lourenço Jorge e após caminharmos para a Emergência descobrimos que a emergência só atendia ortopedia e que clínica médica era só na UPA. Outra caminhada pois nem para abrir um portão entre ambos esse prefeito serviu, afinal ele não vê problemas de uma pessoa doente e sem poder andar ter que ficar indo pra lá e para cá como em um passeio no bosque.

Lá encontramos uma UPA com apenas duas médicas atendendo...

(Essa parte eu só pude terminar quando cheguei em casa, afinal o vai para lá e para cá não ajuda muito)

Continuando...
Sim, querer que 2 médicas sozinhas atendam tanta gente é surreal (ouviu Eduardo PAESpalho?).

Enquanto estávamos na sala de medicação, as pessoas comentavam sobre uns bandidos em uma moto que estavam assaltando em frente a nossa janela naquele momento e recordavam outros assaltos do tipo (afinal não basta ficar doente e não conseguir atendimento, p. A enfermeira teve dificuldades para encontrar SORO FISIOLÓGICO disponível. Durante a medicação minha namorada começa a passar mal e precisa deitar, pena que mal havia local para os pacientes que estavam sob medicação SENTAREM (e até a enfermeira ficou sem saber o que fazer com uma paciente desmaiando e sem ter onde encostar dada a precariedade da situação, algo que me recorda quando fui no Posto de Saúde Municipal de Rio das Ostras e lá não havia cadeiras para os pacientes aguardarem os Raios-X).



Novamente muita espera na saída (afinal só 2 médicas estavam disponíveis) e na hora de levar a medicação para casa só havia a dipirona, a nimesulida estava em falta e a pessoa (que muitas vezes pode não ter condições) teria que comprar por conta própria.

Em resumo, toda essa aventura (que está longe de ser pior que muitas outras) ocorreu enquanto na televisão a prefeitura fazia propagandas sobre estar sempre presente, pena que não contrata médicos (e os poucos que coloca os faz através das OS que são um show de desperdício do dinheiro público e de incapacidade administrativa) e nem compra os materiais mínimos necessários para o atendimento dos pacientes. Poderiam mudar para "Prefeitura, sempre presente se for para ferrar com você" e o mesmo vale para os seus comparsas em outras esferas do governo (e em outras cidades).

Sim, o RJ está abandonado pelo poder público...

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