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Parlamentares do RJ que votaram a favor do genocídio sanitário nas escolas

on quarta-feira, 21 de abril de 2021

Conheça a lista de deputados federais do RJ que, sob a desculpa de "escolas serem essenciais" (sendo que sempre votaram contra a educação, mesmo na pandemia) passaram um cavalo de tróia para empurrar uma reabertura prematura das escolas no pico da pandemia (e no pós-pandemia impedir até greves de profissionais mesmo que fiquem sem receber como estão em muitos locais):



Chiquinho Brazão (AVANTE)

Juninho do Pneu (DEM)

Rodrigo Maia (DEM)

Daniela do Waguinho (MDB)

Gutemberg Reis (MDB)

Paulo Ganime(NOVO)

Altineu Côrtes (PL)

Gelson Azevedo (PL)

Luiz Antônio Corrêa (PL)

Soraya Santos (PL)

Christino Aureo (PP)

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP)

Clarissa Garotinho (PROS)

Otoni de Paula (PSC)

Ricardo da Karol (PSC)

Hugo Leal (PSD)

Pedro Augusto Palareti (PSD)

Carlos Jordy (PSL)

Chris Tonietto (PSL)

Daniel Silveira (PSL)

Delegado Antônio Furtado (PSL)

Felício Laterça (PSL)

Gurgel (PSL)

Lourival Gomes (PSL)

Luiz Lima (PSL)

Major Fabiana (PSL)

Márcio Labre (PSL)

Professor Joziel (PSL)

Aureo Ribeiro (SD)


Fonte: https://jornalistaslivres.org/como-os-deputados-votaram-o-pl-da-volta-as-aulas/?fbclid=IwAR2Tr0Q2SwPv3tizCwJQp3ztJ8E0F39x-qtlNveRPZWAJmYZE5WEZcc4M84



Ensino remoto faz professor trabalhar 24h por dia

on segunda-feira, 15 de março de 2021

Dizem que os professores não estão trabalhando na pandemia, na realidade, estão trabalhando até domingo na parte da noite.

 

Boicote aos associados e patrocinadores do SINEPE-RJ!

on terça-feira, 28 de julho de 2020
Todos ficaram estarrecidos, recentemente, ao receberem o vídeo com logo do SINEPE Rio com um discurso de total negacionismo da ciência dizendo que "Os estudos confundem" as pessoas e que o isolamento social não seria ciência (mesmo que ele tenha sido recomendado e aprovado justamente por cientistas).

Além de nos questionarmos se a "ciência" do SINEPE é o terraplanismo ou algum outro tipo de charlatanismo, resta pensarmos qual tipo de ensino está sendo dado nas escolas filiadas a uma entidade (des)educacional que nega os postulados mais elementares do conhecimento científico. 

Considerando que a única "ciência" que o SINEPE conhece é a do lucro acima da vida, conforme demonstrado no vídeo que ele até o momento não desmentiu ou desautorizou, só nos resta uma posição como cidadãos conscientes: o boicote.

Mas, como boicotamos um sindicato patronal? Simples, boicotando as empresas filiadas a ele (que são as que o sustentam) bem como boicotando patrocinadores de eventos deles. Assim, sendo basta olhar no site deles para sabermos quem boicotar: https://www.sineperj.org.br/escolas
Mas, caso eles tentem remover do site por medo de perderem a fonte de renda, printamos toda a lista para você poder remover seu filho das escolas a ele filiadas (que caso não se desfiliem, fica um tanto questionável o ensino por elas ministrado ou ao menos apoiado):

Obs.: Caso a sua escola tenha sido indevidamente listada pelo SINEPE ou caso você tenha feito a escolha sensata de se desfiliar do mesmo, por favor nos informe para fazermos a devida correção. Se o SINEPE quer melhorar a posição perante o público, desautorize e desminta o vídeo e faça campanha para que o retorno das aulas só ocorra quando a pandemia estiver controlada (o que no caso brasileiro só deve acontecer quando tivermos a vacina ou um remédio que funcione de verdade).
























Cai por terra a máscara da escola "sem partido"!

on quarta-feira, 15 de julho de 2020
Quem acompanha o blog, sabe que desde 2014 venho denunciando a farsa que é o chamado "Escola Sem Partido", sendo um movimento que defende é uma doutrinação ideológica da direita ao invés de uma real educação sem doutrinação, estimulando a crítica, a coexistência pacífica e democrática.

Quem quiser relembrar a disputa, poderá ver:
http://professormoroni.blogspot.com/2014/05/escola-sem-partido-isso-vale-para.html
http://professormoroni.blogspot.com/2014/10/treplica-ao-site-escola-sem-partido.html

Nesses textos, eu já apontava indícios de que o movimento defendia na realidade era tirar uma suposta doutrinação de esquerda (nunca devidamente comprovada, se limitando a um caso isolado aqui e ali ou a uma interpretação duvidosa do que seria um caso de doutrinação).

Porém, naquela época, o "Escola Sem Partido" era pauta da oposição de direita, agora o movimento conseguiu eleger os seus políticos em várias esferas e assumir o controle inclusive do governo federal. Eis que, desde o início o governo bolsonarista já demonstrava seu plano de doutrinação direitista: http://professormoroni.blogspot.com/2019/02/doutrinacao-bolsonarista-nas-escolas.html

O ministro caiu, tentaram abafar dizendo que foi mal interpretado e agora, como em tantas outras vezes, vemos o governo deixando aberto o seu interesse de doutrinar os jovens com sua própria ideologia:
https://br.noticias.yahoo.com/itamaraty-distribui-material-didatico-com-criticas-ideologicas-e-ataques-a-movimentos-sociais-202929432.html

Vale lembrar que, concordando ou não, o MST é um movimento LEGAL no Brasil e tem todo o direito de exercer sua militância de acordo com a lei vigente. Portanto, tentar agredir ele por meio de material oficial para ensino de jovens é uma tentativa ilegal de censura e de cerceamento dos direitos básicos do indivíduo.


Para piorar, conforme consta na reportagem do portal Yahoo!, o material ainda consta de frases que estimulam o racismo e outras condutas e ideias incompatíveis com o Estado Democrático de Direito.

Escola sem partido? Apesar de dizer ser o que o movimento defende, na realidade é o que ele não defende. O movimento, se quiser ser honesto, deve mudar o nome para "Escola sem o partido dos outros".

O Dia Nacional de Ação de Graças

on terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O Dia Nacional de Ação de Graças
É muito comum ouvirmos falar em filmes e séries americanos sobre o “Dia de Ação de Graças”, porém pouco sabemos dele e menos ainda sabemos que é uma data CÍVICA brasileira, pouco difundida e que possui um significado muito importante para os dias atuais:
A idéia de transformar o "Dia de Ação de Graças" em acontecimento unversal nasceu de um brasileiro, Joaquim Nabuco, quando Embaixador do Brasil em Washington.

Em 1909, na Catedral de São Patrício, ao final da primeira Missa Pan-Americana, que celebrava o "Dia de Ação de Graças", o Embaixador brasileiro formulou publicamente o seguinte voto: "Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agradecimento universal a Deus".

O diplomata brasileiro soube expressar em sua idéia todo o conhecimento que tinha sobre a população de seu país, baseado em seu passado histórico, firmando sempre, desde as origens, nas tradições cristãs do respeito à liberdade e aos direitos humanos, na proibição constitucional das guerras, na busca de solução dos conflitos sem derramamento de sangue, enfim, um país voltado para a paz.

No Brasil, o "Dia Nacional de Ação de Graças" foi instituído por meio da Lei nº 781, de 17 de agosto de 1949, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.*
Atualmente, o Dia de Ação de Graças praticamente foi esquecido no Brasil, sendo lembrado basicamente em algumas igrejas que contaram com grande presença de missionários norte-americanos (anglicanos**, presbiterianos, batistas, …). Até mesmo a Black Friday (dia de grandes promoções nas lojas para queimar o estoque de Ação de Graças e abrir caminho para as vendas de Natal) se popularizou no Brasil e o Dia de Ação de Graças não.
Sabendo da importância do sentimento de gratidão, da necessidade de sermos gratos ao SADU pelas bençãos derramadas em nossas vidas, bem como sermos gratos uns aos outros pois todos os seres humanos não são capazes de sobreviver sozinhos, precisamos sempre do apoio uns dos outros (nossas vestes, nossas casas, nossa eletricidade, nosso alimento, nossa segurança, ... são garantidas por inúmeras pessoas que nem conhecemos), dependemos na natureza também (mesmo que o homem urbano tenha se esquecido disso, o homem do campo sabe a importância do regime de chuvas, das questões climáticas e etc).
Muitos psicólogos recomendam que se trabalhe a valorização da vida, considerando os crescentes casos de depressão, automutilação e suicídio. Recordarmos o sentimentos de gratidão, recordarmos os inúmeros motivos para agradecer e que muitas vezes nem percebemos é extremamente necessário, sendo uma necessidade não apenas no campo da ética/moral ou da espiritualidade, mas também uma necessidade de saúde pública.























O famoso quadro “Mãos em Oração” possui uma bela história de gratidão e foi adotado como símbolo do Comitê de Resgate do Dia de Ação de graças.
“Por volta de 1490, dois jovens amigos, Albrecht Dürer e Franz Knigstein, queriam ser artistas, mas estavam enfrentando muitas dificuldades. Por serem pobres, eles trabalhavam para sustentar-se, enquanto aprendiam a pintar quadros.

O trabalho tomava grande parte do tempo deles e, por conseguinte, o progresso nos estudos era lento. Um dia, chegaram a um acordo: tirariam a sorte, e aquele que perdesse trabalharia para sustentar os estudos do outro. Albrecht foi o vencedor e continuou a estudar, enquanto Franz trabalhava em um serviço pesado. Pelo acordo, quando Albrecht se tornasse famoso, sustentaria Franz nos estudos.
Albrecht partiu para as cidades da Europa para concluir os estudos. Hoje, o mundo todo sabe que ele não tinha apenas talento; era um gênio. Quando ficou famoso, ele voltou para cumprir sua parte no acordo com Franz. Logo a seguir, porém, Albrecht constatou o preço enorme que Franz havia pago. Por ter trabalhado com as mãos executando tarefas pesadas para sustentar o amigo, Franz ficou com os dedos rígidos e tortos. Suas mãos, antes esguias e sensíveis, estavam arruinadas para sempre. Ele não podia mais realizar as delicadas pinceladas necessárias para produzir uma bela pintura. Apesar de não poder concretizar seus sonhos artísticos, ele não se tornou uma pessoa amargurada. Ao contrário, alegrou-se com o sucesso do amigo.
Um dia, Dürer encontrou Franz casualmente e o viu ajoelhado, com as mãos retorcidas em atitude de oração, suplicando silenciosamente pelo sucesso do amigo, embora ele próprio não pudesse mais ser um artista. Albrecht Dürer, o grande gênio, fez um esboço rápido das mãos de seu fiel amigo e, mais tarde, completou a magnífica obra-prima conhecida como As mãos em Oração.” ***
Referências:
** Livro de Oração Comum (Igreja Episcopal Anglicana do Brasil)
***
https://radio93.com.br/eraumavez/a-historia-das-maos-em-oracao/


Trabalho apresentado na Loja Maçônica Fé, Esperança e Caridade - 4344 (GOB-RJ), no dia 28/11/19 (Ação de Graças).

Doutrinação bolsonarista nas escolas: Escola COM partido.

on terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Eu já havia denunciado que o projeto "Escola sem Partido" não passa de balela, e que na realidade se trata apenas de sob o pretexto de eliminar a "doutrinação de esquerda" (uma piada como a ameaça comunista temida pelo macartismo) se propagar uma verdadeira doutrinação ideológica/partidária nas escolas: a doutrinação de direita. Quem quiser entender melhor a questão deve ler os textos:



Para fechar a tampa do caixão, o ministro da educação Ricardo Vélez inicia uma campanha para as escolas gravarem os alunos cantando o hino nacional. Nada contra cantar o hino nacional, acho até algo bem interessante, o problema está em desconsiderar que existem outras prioridades na educação e principalmente dos problemas envolvidos nessa campanha e em gravar os alunos sabe lá para qual finalidade.

Fonte: Estadão

Entretanto, o mais grave é que a mensagem se encerra com o slogan da campanha presidencial de Bolsonaro que, além de afrontar a laicidade republicana, constitui um claro caso de improbidade administrativa ao usar da máquina pública para promoção de seu grupo ideológico. Para não nos alongarmos neste tópico, sugiro a leitura da notícia: https://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-renata-cafardo/mec-manda-email-para-escolas-pedindo-que-cantem-o-hino-nacional-e-filmem-as-criancas/

Pois é, meus amigos e leitores, iniciamos a era da doutrinação bolsonarista (e o culto à personalidade é essencial aos regimes autoritários) nas escolas públicas. Eu avisei que o "Escola Sem Partido" era na realidade Escola Com Partido... Sem partido? Eles só queriam sem o partido dos outros para dar espaço ao seu próprio...

Com tão graves atos da parte do ministro da educação, se faz mais do que necessária a sua imediata saída do comando da pasta e que o mesmo responda legalmente pelos seus atos.

MANIFESTO SOBRE A ATUAL CONJUNTURA DO RIO DE JANEIRO

on quarta-feira, 16 de maio de 2018
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Diocese Anglicana do Rio de Janeiro
Conselho Diocesano
Rio de Janeiro, 04 de Dezembro de 2017


MANIFESTO SOBRE A ATUAL CONJUNTURA DO RIO DE JANEIRO


Os justos levam em conta os direitos dos pobres, mas os ímpios nem se importam com isso.” (Provérbios 29:7).


Nós, membros do Conselho Diocesano da Diocese Anglicana do Rio de Janeiro, em conjunto com nosso bispo diocesano, Dom Eduardo Coelho Grillo, vimos por meio deste, nos manifestar sobre a conjuntura política, econômica e social vivenciada pelo Estado do Rio de Janeiro e pela Cidade do Rio de Janeiro, confiantes que estamos assim, cumprindo uma pequena parte do papel profético que Deus nos comissionou, ao nos opormos aos males que estão causando tanto sofrimento ao povo de nossa cidade e de nosso Estado.
O Rio de Janeiro vivencia uma crise sem precedentes em sua história, crise esta, justamente no cenário pós Olimpíadas e Copa do Mundo, grandes eventos que foram realizados sob a lógica do lucro dos poderosos e não do bem-estar do povo em geral. Esses eventos, associados com um histórico de má gestão e pouco espírito republicano remetem ao cenário atual, onde os que mais sofrem é justamente o povo mais humilde, que vê negado o seu acesso aos serviços mais essenciais como saúde, educação, segurança e moradia.
Todos pudemos acompanhar estarrecidos, a uma recente votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), na qual os senhores deputados optaram por libertar seus colegas envolvidos em tantos escândalos de corrupção, passando por cima de toda a investigação realizada e da decisão do judiciário sobre o tema. A votação, cujo resultado era por si só lamentável, demonstrou claramente que os interesses dos governantes se afastaram completamente dos interesses do povo que os elegeu.
Foi coadjuvada por cenas lamentáveis de repressão brutal para com manifestações populares pacíficas, e, até de tentativas de impedir que o povo pudesse acompanhar a votação das galerias, muito embora com determinação judicial para que assim o fosse. Tudo isso, amplamente divulgado pela imprensa.
Ressalta-se que, este não foi o primeiro nem o único problema que nosso Estado tem enfrentado. Antes, acompanhamos a heróica resistência dos servidores públicos estaduais que estiveram com meses de salário atrasado, bem como, sem receber o seu décimo terceiro. Esses servidores, são alvo constante de propagandas na mídia em prol de reformas como a da previdência, que visam apenas massacrar ainda mais o povo trabalhador e sobre a qual a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil já emitiu nota contrária a mesma.
Os servidores estaduais, muitas vezes, estão pagando para trabalhar e não deixar a população desassistida. Tem pagado a conta que não é deles.
Incompreensível é que, o mesmo governo que alega não ter recursos para pagar tais servidores, abre mão de inúmeras receitas importantes em favor de determinadas empresas que devem fortunas ao Estado.
Soma-se a tudo isto em nossa cidade e em nosso Estado, os recentes escândalos que vieram à tona relativamente às denúncias das relações promíscuas entre o alto escalão dos governos e as empresas de transporte público. O tema é de extrema sensibilidade em um Estado e em uma Cidade com sua mobilidade tão cara, ineficaz e que quase nunca é planejada visando os interesses dos usuários - os trabalhadores.
Enquanto os servidores amargam meses sem receber o seu sustento e o povo amarga a falta de serviços públicos dos mais básicos, o Estado do Rio de Janeiro tem seus 3 últimos governadores presos por envolvimento em escândalos de corrupção, vivendo abastadamente e com luxo, as custas do sangue e do suor do povo de Deus.
Além dos citados governadores, existem secretários e deputados que se encontram na mesma situação, tornando atual a advertência bíblica:
Ouçam agora vocês, ricos opressores! Chorem e lamentem-se, tendo em vista a miséria que lhes sobrevirá. A riqueza de vocês apodreceu, e as traças corroeram as suas roupas. O ouro e a prata de vocês enferrujaram, e a ferrugem deles testemunhará contra vocês e como fogo lhes devorará a carne. Vocês acumularam bens nestes últimos dias. Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que por vocês foi retido com fraude, está clamando contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Vocês viveram luxuosamente na terra, desfrutando prazeres, e fartaram-se de comida em dia de abate. Vocês têm condenado e matado o justo, sem que ele ofereça resistência.” (Tiago 5:1-6)
No município do Rio de Janeiro, vemos também diversos problemas. O primeiro deles está na condução da saúde pública municipal, com diversos cortes e sem revisar algumas políticas que já se mostraram ineficazes (como a adoção das OSs com todos os escândalos que já foram fartamente denunciados pela imprensa).
Outro problema que vem assolando a nossa cidade é o retorno do fantasma das remoções, a política fracassada de remoções de comunidades que já parecia sepultada em um passado remoto, foi retomada com toda a força durante a preparação para a Copa do Mundo e as Olimpíadas do Rio de Janeiro, o que por si só já seria demasiadamente infeliz.
Esclareça-se que, a mesma política de remoções parece se intensificar, vez que, a comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, vem sofrendo com constantes ameaças, sendo tais ameaças, monitoradas por nossa missão naquele local.
Declaramos neste Manifesto o nosso repúdio contra as autoridades que são os responsáveis do sofrimento deste povo que não consegue atendimento no sistema de saúde público já precarizado, que não está protegido por uma política pública de segurança que contemple os interesses de todos, que não tem acesso a escolas públicas de qualidade e que nem recebem a justa remuneração pelos seus serviços prestados para o conjunto da sociedade.
Solidarizamo-nos com a população fluminense e carioca, como companheiros de luta na certeza de que a paz que tanto almejamos será fruto da justiça, a qual estamos aqui proclamando como parte do ministério que Cristo, nosso Senhor, nos outorgou.
Que o Cristo libertador fortaleça as lutas populares na defesa de seus direitos, e ilumine àqueles que as lideram nos anseios por justiça e paz.
Reverendo Bernardino Ovelar Arzamendia
Reverendo Antonio Terto Lima
Reverendo Daniel Rangel Cabral
Eliane Bacelar
Julio Reis Simões
Morôni Azevedo de Vasconcellos
CONSELHO DIOCESANO


Dom Eduardo Coelho Grillo

Thanos (Vingadores: Guerra Infinita): Um vilão (neo)malthusiano.

on sábado, 12 de maio de 2018
Recentemente pude ver o filme Vingadores: Guerra Infinita e percebi (não só como fã da Marvel) que o filme tem um grande potencial para ser trabalhado de forma educativa, especialmente por professores de geografia ao discutirem as teorias demográficas.

O grande vilão do filme se chama Thanos e ele deseja "salvar o universo" de uma forma bem equivocada: eliminando metade da população para reencontrar um suposto equilíbrio. Basicamente, Thanos veio de um planeta (Titan) que ele acredita que foi destruído pela falta de recursos para atender a toda a sua população.

O vilão Thanos

Por incrível que pareça, existiram (e existem) muitos Thanos na vida real. De certa forma, o primeiro deles foi Thomas Malthus que desenvolveu a chamada teoria malthusiana na qual considerava que a produção de alimentos crescia sempre em um ritmo menor do que a população conseguia crescer. Por exemplo:

Produção de Alimentos -> 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... (Progressão Aritmética)

População -> 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, ... (Progressão Geométrica)

Malthus entendia que as guerras, fome e pestes eram formas naturais de controle do crescimento populacional e a sua proposta para conter o suposto problema da super-população seria simplesmente a abstinência sexual dos mais pobres. Thanos ainda tenta ser "justo" em eliminar pobres e ricos igualmente, mas ainda vê na eliminação de pessoas a solução para o problema.

Proudhon sempre nos lembra a chocante frase de Malthus para apontar os problemas da economia política e muitas das soluções dadas para os problemas da pobreza (e o suposto problema populacional):
"... Um homem que nasce em um mundo já ocupado, se sua família não possui meios de alimentá-lo, ou se a sociedade não tem precisão de seu trabalho, este homem eu digo, não tem o menor direito de reclamar uma porção qualquer de alimento: ele está em demasia sobre a terra. No grande banquete da natureza, não há lugar para ele. A natureza ordena-lhe que se vá e não tardará ela mesma a colocar tal ordem em execução..." (Thomas Malthus em Ensaio sobre o Princípio da População, conforme citado pro Proudhon em Filosofia da Miséria).

O "vilão" Malthus.
Evidentemente, considerando os avanços tecnológicos e alguns outros progressos na sociedade, a produção de alimentos em si não é um problema nos dias atuais, o que não impede que os discípulos de Malthus tenham buscado atualizar a teoria do mestre, podemos dividir eles principalmente em dois grupos (essa divisão nem sempre é pacífica e geralmente ambos se confundem entre si): neomalthusianos (entendem que o problema é a escassez de recursos econômicos) e os ecomalthusianos (entendem que o problema é a escassez de recursos naturais).

Esses discípulos de Malthus parecem lembrar bastante o vilão Thanos, embora as soluções apresentadas por eles geralmente estejam focadas no planejamento familiar, podendo por vezes se apresentar de forma mais "bonita e civilizada" com a ideia de conscientização ou uma forma mais truculenta com a defesa de métodos abortivos, eliminação de pessoas tidas como "desnecessárias" e etc. Sempre que vemos alguém relacionando ideias como a do aborto ou a de não se desperdiçar recursos com prisioneiros e outras pessoas "desnecessárias", se a pessoa relacionar estas ideias com algum problema de excesso de pessoas no mundo e o quanto isso supostamente contribui para a fome/miséria/violência/colapso ambiental, então teremos um pensamento nitidamente neomalthusiano/ecomalthusiano.

Thanos tem sido considerado por muitos um vilão carismático, esse carisma não se dá tanto por algo do personagem em si, mas pelo simples fato de que o discurso (neo/eco) malthusiano está impregnado em nossa sociedade e portanto as pessoas começam a considerar que o vilão "tem alguma razão". Veja que Thanos se preocupa em conseguir as jóias do infinito não para achar meios de evitar qualquer possível escassez, aumentar a produção, proteger os recursos, ele apenas quer usar elas para a "solução fácil" de eliminar as pessoas que eram "desnecessárias".

Se houver alguma dúvida sobre a presença do discurso neomalthusiano na nossa sociedade, basta olharmos quantas pessoas ainda acreditam que o problema do mundo está em uma superpopulação (mesmo que em muitos países o crescimento vegetativo esteja caindo) e que seria ela a responsável por produzir a pobreza, desconsiderando ou subestimando a má distribuição de renda e ordem social vigente.

O discurso ambientalista atual está muitas vezes repleto de ecomalthusianismo ao achar que o pela crise ambiental é o excesso de pessoas e não apenas a forma como a sociedade se relaciona com os recursos naturais, explorando os mesmos de forma irracional. A influência malthusiana é tão grande que não é raro vermos pessoas que se consideram de esquerda ou socialistas reproduzindo o discurso neomalthusiano por mais que conflite com suas próprias teorias políticas e econômicas. Lembram que eu já apontei o fato de o anarquista/socialista Proudhon ter tecido críticas ao pensamento malthusiano.

Sim, vale a pena a utilização do filme Vingadores: Guerra Infinita com fins didáticos, servindo como possibilidade de refletirmos sobre os perigos do discurso malthusiano (ou discursos derivados), bem como para podermos usar como parâmetro comparativo para facilitar aos estudantes que identifiquem os argumentos centrais de um discurso demográfico:
Se um argumento estiver mais parecido com o pensamento de Thanos, provavelmente será uma retórica influenciada pelo pensamento (neo/eco)malthusiano, se o argumento analisado se parecer mais com a frase do Capitão América (repetida pelo Visão) no filme de "não negociamos vidas", então já teremos algo fora da influência malthusiana.


Tocando na ferida - Escola, violência e legislação sem idealismos.

on domingo, 24 de maio de 2015
Existem alguns assuntos que eu evito debater na internet por alguns motivos:

1) Não há debate e sim exibicionismo de quem é o melhor (normalmente na base do grito e da ofensa e não da argumentação).

2)  Tudo já está muito polarizado... Ex.: Se você criticou o governo Dilma então deve ser um espião do PSDB, se criticar o FHC deve receber alguma bolsa da Dilma... Ou se é anarquista ou se é fascista...

3) As pessoas não querem estudar os temas e se contentam com frases feitas aprendidas em alguma cartilha.

Porém, tem horas que não dá mais e aí vale lembrar a velha frase de que "No inferno os lugares mais quentes estão destinados aos omissos" e seguir o que diz a Bíblia "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca." (Apocalipse 3:15-16).

Estava eu vendo os debates sobre a morte do ciclista esfaqueado no Rio de Janeiro e lembro de poucas vezes ter visto tanta bobagem junta. Boa parte disto por culpa de uma direita que oscila entre um liberalismo individualista (sendo que se o capital é social não seria possível essa ideia do "cada um por si" ignorando o resto da sociedade) e um militarismo fascistóide, mas também por culpa de uma esquerdinha pós-moderna de classe média cada vez menos ortodoxa e mais abraçadora de árvores e que se preocupa menos em estudar economia (que acham ser uma ciência burguesa... Pobres Marx e Proudhon) e mais em estudar livros de auto-ajuda para ficar dizendo "Amor Livre"/"Mais amor por favor"/"Ninguém é dono de ninguém" e outros delírios que poderiam ter se encerrado com o festival de Woodstock.


Capa do Extra do dia 22/05/2015
O que foi para mim o cúmulo, a ponto de me fez largar meus compromissos para escrever aqui, foi a manchete do Jornal Extra no dia de hoje (tão celebrada por uns e repudiada por outros). São tantas coisas grotescas que estão nessa matéria e nos argumentos sobre o caso que me fazem ter que falar em tópicos para facilitar o entendimento:

1) A escola desistiu de alguém? Não! A escola não desiste de ninguém pois é não tem que insistir em ninguém, a escola não é depósito e nem educadora moral, a escola serve para o desenvolvimento "intelectual" (não vou entrar aqui nas discussões sobre esta palavra e a usarei no seu sentido mais vulgar) como desenvolvimento da linguagem, desenvolvimento do raciocínio lógico/argumentativo/retórico e matemático, desenvolvimento das aptidões científicas/filosóficas/artísticas de acordo com cada disciplina... O meu pensamento é conteudista? De certa forma sim (apesar de ter asco a ideia da simples memorização que ocorre na escola no lugar da assimilação do modo de fazer), mas é para isso que serve a escola (salvo as escolas religiosas e militares que teoricamente tem um compromisso DOUTRINÁRIO de formar a pessoa integralmente). A escola tem alguma participação na formação moral? Sem dúvidas que sim, da mesma forma que qualquer outro ambiente como o seu próprio emprego ou time de pelada também tem alguma participação, mas não é protagonista nisto que apenas a família (junto com a instituição religiosa ou militar de acordo com o caso) pode fazer. Quem trabalhou em escolas públicas problemáticas sabe muito bem que a escola nem deveria ser obrigatória, pois ao colocar o aluno que não quer nada (e ele tem o direito inalienável de não querer se formar e que é impossível impedir ele disso) com o aluno que quer o prejudicado será este último pois o professor que já fica sobrecarregado por lidar com muitos alunos simultaneamente acaba tendo que gastar toda a sua energia em conter os excessos do aluno que nada quer. A escola não desiste de ninguém pois ela não é reformatório, ela está lá para ensinar os que querem e não para tentar converter quem não quer. Podemos contribuir com a educação, mas não tomar a dianteira nisso (aliás isso é só mais uma tentativa de jogar a culpa nos professores que já vivem em seu limite).

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2) O criminoso é vítima da injustiça social? Não necessariamente ou não existiriam vários criminosos oriundos de famílias abastadas! A principal vítima dos criminosos é o TRABALHADOR que enfrenta uma jornada de trabalho exaustiva em conduções lotadas e sem o mínimo de salubridade para no final do mês receber o um salário que não paga nem as compras no mercado. Marx e outros grandes teóricos do campo de esquerda sempre foram claros em mostrar que sua luta é pelo PROLETARIADO, pela classe PRODUTIVA e criminosos não se incluem nela (antes são inimigos da mesma já que é o TRABALHADOR que é assaltado no BRT e é o TRABALHADOR que não tem acesso aos serviços públicos por conta da corrupção na classe política). Então, vamos parar com essa mania de inocentar o algoz... Eu trabalhei com crianças que não tinham o que comer e ao invés de estarem esfaqueando os outros na rua elas se sacrificavam estudando (já tive aluna desmaiando na escola pois não comia fazia tempo) e alguns desses conseguiram até entrar para escolas de referência (nessas horas ninguém fala mal do "conteudismo" né?)... Elas eram vítimas das estruturas injustas, não os que optaram em querer matar e roubar aquilo que outros conseguiram com suor (sim, pois essa esquerdinha de classe média não acha nada demais o risco de ser vítima na rua pois seu condomínio tem boa segurança e perder R$ 100,00 em um assalto não vai te deixar sem comer no fim do mês). Na República Popular da China, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, República Democrática Popular da Coréia ou até mesmo na social-democracia escandinava não se faz essa choradeira vitimizante com os criminosos, antes eles tem a certeza da punição (nas repúblicas marxistas até de forma bem mais dura).



3) Ser hippie é legal, mas já está ultrapassado. Hoje, a esquerda atual tem pavor das palavras: ordem, disciplina, punição, militarismo, polícia. Esse pânico não encontra respaldo nem nas teorias socialistas e nem nas práticas dos regimes, talvez só na choradeira revisionista de setores do PSOL. Não precisamos adotar o Juche, mas também não precisamos virar abraçadores de árvores.

Cartaz da Frente Popular durante a Guerra Civil Espanhola.
4) Mas e os mortos nas favelas? Obviamente que não podem ser esquecidos, mas também isso não pode ser desculpa para esquecer de alguém de outra origem que foi morto brutalmente... Todos devem ser lembrados! Se eu me revoltei com a impunidade de Thor Batista ao ter matado um ciclista, não posso achar bonita a impunidade do menor que matou outro (até por questão de coerência e humanismo).

5) Nem reduzir a maioridade penal atoa e nem deixar tudo como está onde um aluno estupra uma aluna ou quase mata um professor e no máximo será transferido de escola, isso se os pais não reclamarem da distância da nova escola e o MP obrigar ele a retornar a escola de origem junto da vítima... Duas propostas bem coerentes e que precisam ser discutidas são: A) Tornar o ECA mais rígido com o menor infrator. B) Reduzir a maioridade penal apenas para crimes hediondos.

6) A pena de morte e a prisão perpétuas são grandes erros, tanto pelos possíveis equívocos quanto por não trazer nada de bom pra sociedade (nem compensar os erros e nem reformar o indivíduo), sendo assim o trabalho (mesmo que forçado) deve ser a punição como forma de evitar o ócio, ensinar algo de útil ao detento e principalmente botar ele para trabalhar pela sociedade. Tal prática é muito usada nos Estados Unidos, na China e foi muito usada também na URSS.


7) Direitos Humanos são vitais sim para a sobrevivência da sociedade sem tirania, porém devemos pensar também (e principalmente) nos Direitos Humanos das vítimas e possíveis vítimas e não apenas do criminoso. A impunidade do criminoso vai levar ele a fazer novas vítimas (novas pessoas que não terão respeitados os seus direitos humanos).

7) O jornal Extra e sua linha editorial, condizente com a linha do O Globo, tenta culpabilizar a escola (mais especificamente os professores) e levar a fatos como esse: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,e-uma-crianca-diz-mae-de-acusado,1693020

Vale a pena ler:
http://www.osul.com.br/professor-que-teve-o-nariz-quebrado-por-aluno-vai-abandonar-a-profissao/

http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-08-30/brasil-e-lider-mundial-em-agressao-a-professores.html

http://professormoroni.blogspot.com.br/2013/09/jonas-os-professores-e-uma-outra-evasao.html

http://professormoroni.blogspot.com.br/2013/09/desabafo-conscientizador.html

Wakfu: Um jogo que pode ser educativo!

on segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Eu sempre achei que jogos educativos tinham um grande problema: serem muito chatos!

A fantasia sempre foi utilizada de forma educativa, não atoa que as obras "O Senhor dos Anéis" e "As Crônicas de Nárnia" foram escritas, respectivamente pelos escritores cristãos J. R. R. Tolkien (católico-romano) e C.S. Lewis (teólogo anglicano), com um intuito pedagógico/espiritual (sim, elas são abertamente cheias de simbolismo e de moral cristã). Tudo bem que o RPG (Role Playing Game: Jogo de Interpretação de Personagem) já é bem divulgado como instrumento pedagógico, mas depende muito do título e o RPG de livro sofre várias limitações para uso pedagógico: custo do material, dificuldade para encontrar material ou companheiros de jogo, complexidade das regras, alguns títulos não contribuem tanto quanto outros (e por vezes pode chocar as pessoas com certas temáticas), ...

OBS.: Sim, recomendo que incentivem seus filhos/alunos a jogarem RPG de livro, poucos jogos são tão divertidos e auxiliam tanto no desenvolvimento pessoal.

Bem, mas voltando... Eu já joguei alguns jogos on-line, mais especificamente MMORPGs (Um tipo de jogo que parece muito pouco com o seu inspirador: o RPG), porém nunca consegui ver nada de educativo neles. Mas, minha opinião mudou recentemente ao conhecer o jogo Wakfu.
http://www.wakfu.com/pt/mmorpg

Um amigo meu de infância (Mateus Ruzza) costuma brincar dizendo que Wakfu ensina mais que muita mãe... Brincadeiras a parte o jogo tem uma dinâmica fantástica para ensinar várias coisas da vida real. Ahhh sim, vale citar a curiosidade de que esse jogo é francês (mas tem uma versão disponível em língua portuguesa), apesar da maioria dos jogos desse tipo serem dos EUA ou do Extremo Oriente.

Mas, o que esse tal de Wakfu tem de tão especial? Vejamos:


  • Ecossistema
O Wakfu é um jogo que se baseia numa noção de ecossistema, sim os jogadores tem que se preocupar com como estão os recursos: animais/monstros e vegetais (plantações, ervas e árvores). Então os jogadores são obrigados a vez ou outra estarem replantando os recursos extraídos, respeitar o ciclo de reprodução dos animais e ao mesmo tempo cuidar de um equilíbrio ecológico (qualquer ser vivo em falta ou em excesso pode trazer desequilíbrio). Ahhh mas e se eu não quiser plantar? Os recursos simplesmente vão acabar e ninguém mais consegue eles (e são extremamente importantes no jogo para preparar a alimentação, vestuário, poções, missões diversas, ...), é uma grande lição de ecologia em forma de jogo! Vale mais que muita aula de educação ambiental por aí, você vê as coisas na prática (mesmo que seja em um jogo).


  • Cidadania
O Wakfu tem um interessante sistema de nações, o jogador em certo nível deve escolher entre as nações disponíveis, essas nações tem seus governantes que são jogadores! Um jogador para se tornar um governante deve ter um elevado nível de pontos de cidadania (já já vou explicar isso), serem contribuintes (o jogo é gratuito mas só quem contribui com seus "impostos"/dinheiro para a manutenção dele é que tem acesso as eleições) e fazer campanha entre outros jogadores para conseguir seus votos. Votantes também devem ter elevado nível de cidadania e serem contribuintes, eles escolherão os governantes das nações de acordo com suas propostas, vale lembrar que o governante estabelecerá a lei local e terá a prerrogativa de fazer acordos ou guerras com as outras nações além de ter que se preocupar com normas para o meio ambiente da nação. Nada muito diferente da vida real, exceto que não se exige ficha limpa para eleitores.

Ah sim, os pontos de cidadania são conseguidos ao se realizar boas ações para a comunidade. Ex.: conseguir recursos (animais/vegetais) que estavam em falta ou eliminar ameaças/pragas. Você também pode perder pontos de cidadania ao destruir o ecossistema, ferir leis ou agredir pessoas atoa e se você ficar com pontos negativos você se torna um fora-da-lei que será procurado pelos soldados da nação para ser preso (e terá que ficar com seu personagem trabalhando na cadeia para quitar sua dívida com a sociedade).
  • Profissões/Trabalho e Economia
Sim, nesse jogo não adianta você ficar só matando monstro para conseguir dinheiro e o que mais você precise e nem sempre tem alguém disposto a comprar as coisas que você acha por aí. Para conseguir dinheiro você terá que trabalhar, aprender profissões (e ficar ganhando experiência nelas) para conseguir fazer o que você quer. E sobre os itens que você consegue pegar dos monstros e que ninguém quer comprar (jogadores pois a máquina não compra nada de você), ou você recicla eles (olha a ecologia aí gente) ou então vê se eles servem para montar outra coisa dps.

Ah sim, eventualmente você pode ter que viajar (gastando) pra outras nações pra comprar recursos que estejam em falta na sua nação. Quem disse que a economia dos adultos era fácil?
  • Outras atividades
Sim, o jogo te força a ter que fazer exercícios e ir rezar no Templo das Escrituras (esse então com bastante frequência). O jogo te fala de se divertir em parques de diversões e de ter que ler para aprender as coisas. Enfim, o jogo lembra que tem muito mais vida lá fora que também deve ser aproveitada além do jogo.


Enfim, isso é um resumo das coisas, mas acho que já deu para perceber que existem muitas oportunidades nesse jogo. Ahhh mas você gosta de conhecer a história do cenário e não apenas sair jogando? Existe uma série animada do Wakfu que no Brasil está disponível no Netflix, mas os episódios iniciais para dar um gostinho podem ser encontrados aqui no UOL: http://www.extremeonlinebr.net/wakfu-episodios.html

O IDEB: uma farsa que prejudica a educação.

on domingo, 21 de dezembro de 2014
Qualquer pessoa que entende um pouco de educação tende a questionar os índices usados para avaliar a educação, mas talvez muitas pessoas não tenham a ideia de que certos índices servem para fazer o certo parecer errado e o errado certo.

Recentemente uma das escolas na qual trabalho foi taxada em algumas notícias como a pior escola de Belford Roxo, não teria problema de admitir isso (como faço em outra escola) o problema é que isso não corresponde nem um pouco a realidade:

http://blogdolotexv.blogspot.com.br/2014/12/projeto-mpeduc-visita-escolas-em.html

http://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/155481384/projeto-mpeduc-visita-escolas-em-belford-roxo-rj

http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_direitos-do-cidadao/imprimir?&UID=bf87f85c1adc5addd78649b1f61635f2&keepThis=true&TB_iframe=true&height=400&width=700

De fato, no caso das condições precárias na estrutura física da escola, isto é uma realidade preocupante e que exigiria alguma atitude da prefeitura. Tal fato já foi denunciado em uma postagem do meu blog: http://professormoroni.blogspot.com.br/2014/04/a-via-crucis-na-educacao-publica.html

O meu problema é com um dos fatores que foi usado, a nota do ideb, onde os critérios para o cálculo podem ser vistos no site do Governo Federal:
http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/como-o-ideb-e-calculado

Um dos critérios da nota é a taxa de aprovação, o que naturalmente já prejudica as escolas que trabalham com EJA (onde o nível de evasão é extremamente elevado), mas acaba considerando boas escolas que não se importam com o que os alunos aprendem (nada passam e nada cobram) e passam os alunos indiscriminadamente (mal sabendo ler) enquanto que escolas que primam por uma cobrança forte dos alunos acabam sendo taxadas como escolas piores por não saírem aprovando qualquer um.

OBS.: DE FORMA NENHUMA ESTOU DIZENDO QUE A ESCOLA ELOGIADA NA MATÉRIA SERIA UMA ESCOLA RUIM OU QUE NÃO TEM CRITÉRIOS PARA APROVAR SEUS ALUNOS. SERIA LEVIANO DA MINHA PARTE QUALQUER AFIRMAÇÃO DESTE TIPO, AINDA MAIS POR NEM CONHECER A ESCOLA.

Eu sou um professor que preza pelo que o aluno REALMENTE está aprendendo ou não, sendo assim me recuso a aprovar um aluno que aparece na escola apenas para atrapalhar os colegas e o professor. Para o IDEB sou um péssimo professor, mas sou excelente para a educação de verdade dos alunos, aliás sou um professor no modelo das escolas de excelência. Mas você pode perguntar: "Se você faz o mesmo que os professores de escolas de excelência, o que faz com que você não seja avaliado da mesma forma?" E a resposta é simples: As escolas de excelência, além de agirem desta forma, tem uma pré-seleção de seus alunos... Não é qualquer um que consegue estudar no Colégio Pedro II, CEFET, FAETEC, Colégio Militar e outras onde existe uma prova que separa os alunos interessados/preparados dos que não querem nada (algo que não é possível nas escolas convencionais onde todos são aceitos mesmo que não queiram estar ali) e isso vale até para colégios particulares tradicionais como o Colégio Santo Inácio ou São Bento onde os alunos podem ser expulsos com facilidade. Sendo assim, o segredo do sucesso de todos esses colégios de referência é acima de tudo o fato de que quem está lá em sua grande maioria realmente quer aprender e por sua vez eles são fortemente cobrados.

Em resumo, o IDEB (como vários outros índices) pode servir para a manipulação com fins políticos (fingir que a educação está progredindo): O sucateamento da educação pode ser premiado ao aceitar a aprovação automática, enquanto um trabalho sério de educação pode ser punido por fazer uma cobrança rigorosa dos alunos.

OBS.2: Não vou nem me aprofundar aqui em outro problema do IDEB que é o de privilegiar certas competências e ignorar outras, deixando de lado a variedade de ensinos possíveis. Alguém acha que uma escola que tenha uma ênfase maior em esportes (educação física) ou artes não pode ser uma escola tão boa quanto uma escola que tenha uma ênfase maior na matemática?

Tréplica ao site Escola Sem Partido

on quarta-feira, 8 de outubro de 2014
O advogado Miguel Nagib, coordenador do site Escola Sem Partido, veio rebater meu texto sobre o quanto se fala da doutrinação intelectual de esquerda e nada se fala da doutrinação intelectual de direita... Infelizmente tive que demorar a fazer essa resposta para me dedicar ao período eleitoral.

O meu texto original:
http://professormoroni.blogspot.com.br/2014/05/escola-sem-partido-isso-vale-para.html

A resposta do site Escola Sem Partido:
http://www.escolasempartido.org/artigos/494-coordenador-do-esp-responde-as-criticas-de-um-professor-candidato


Agora vamos ao que interessa...

Primeiramente acho curiosa essa réplica vir tanto tempo depois do texto original ter sido publicado, que foi amplamente divulgado até em comentários no/sobre o site ESP, e justamente em um momento em que estava como candidato (aliás até colocaram isso no título, poderia ser Réplica ao professor Morôni, mas ninguém ligaria se não houvesse a palavra candidato)... Curioso não? Nem tanto, pois a réplica de Miguel Nagib não atinge o centro de minha argumentação e sim apenas tenta desqualificar minha posição por eu ser de esquerda e principalmente candidato... Vide que a palavra candidato se torna mantricamente o pilar central do texto... e poderia usar a frase do sr. Miguel "o Sr., como professor -- e candidato por um partido… de esquerda (que coincidência, né?) --, não usa suas aulas para fazer a cabeça dos alunos? " como belo exemplo... Veja a argumentação não foi sobre minha conduta como professor (desconhecida pelo sr. Miguel) ou nos argumentos do meu texto, mas apenas na ideia de que por eu ser contra o site e pior ainda sendo de esquerda eu sou um doutrinador malvado...
Curioso que eu sempre gostei da diversidade de opiniões, talvez por isso tenha conquistado a simpatia de tantos alunos de diferentes correntes de pensamento... Inclusive lembro de um aluno do interior que é filiado ao "Democratas" (direita) e que sempre foi um excelente aluno e continuamos a manter algum contato pela internet até os dias atuais... Aliás, já tive alguns alunos até defensores do regime militar, logo eu que sou neto de preso político torturado, mas que sempre conseguimos manter um bom diálogo... Devo ser um baita doutrinador como gostaria muito o Sr. Miguel...Será que eles gostariam de saber que meu tio-avô era deputado federal pelo PCB? rsrsrsrsrs pode ser uma contribuição para a (falta de) argumentos de uma das réplicas mais vazias que já li eminha vida... Continuemos...

"De todo modo, se fosse o caso, o Escola sem Partido teria todo o direito de ser ideológico, já que não fazemos parte da máquina do Estado e ninguém é OBRIGADO a ler os textos que publicamos."
Teria, só não poderia ser coerente e ne
m carregar o nome que carrega. Aliás, minhas críticas ao site foram justamente por ele não ser imparcial como deveria...
Veja que, como eu já havia falado, um dos palestrantes deles é justamente o maior partidário (doutrinador) do neoconservadorismo no Brasil que é o Olavo de Carvalho: https://www.eventials.com/escolasempartido/olavo/.
Sem falar no patrocínio da FENEP (órgão das escolas privadas, justamente as mais abertamente doutrinadoras como no caso das escolas confessionais) que em seu site já demonstra ter como meta disseminar um pensamento liberal ao colocar como os problemas que foram encontrados na época da fundação de uma federação de escolas particulares: "cruel mistura de congelamentos de preços, pesadas exigências trabalhistas e exacerbado populismo governamental" (http://www.fenep.org.br/quem-somos/)

"Quanto à realidade existente hoje no sistema de ensino, desonesto é negar o viés esquerdista da esmagadora maioria dos professores. Desonesto é negar que a maior parte desses professores usa a sala de aula para promover suas próprias concepções e preferências políticas e ideológicas.
Não sou eu que estou dizendo isso. O Instituto Sensus apurou essa realidade em 2008, na única pesquisa no gênero já realizada no Brasil. Veja aqui:

http://escolasempartido.org/images/quadroveja.jpg"

Que curioso... Eu já havia lido o livro, recomendado e divulgado pelo ESP, escrito pelo prof. Luiz Lopes Diniz Filho (e até fiz um texto para o meu mestrado em educação e que tive a orientação de um professor que é simpático ao site) justamente mostrando erros em dados do mesmo (repetidos aqui) e como o próprio, apesar de muitas críticas acertadas que faz em seu livro e que me fizeram comprar o mesmo, repete os mesmos erros tendenciosos do site ESP...

Vamos ao quadro da revista Veja:
O primeiro quadro sobre o papel do professor não pode ser usado para se dizer que há uma doutrinação, até por não dizer o que é formar cidadãos, para muitos o professor ensinar ao aluno que ele não deve jogar lixo no chão é ensinar a ser cidadão e está longe de ser doutrinário... Também não fala nada sobre esquerda ou direita...
O segundo quadro contradiz o ESP, afinal diz que a maioria dos alunos e pais consideram as aulas NEUTRAS e que se considerarmos o "as vezes engajado" (que falta explicar melhor o que seria isso, pode ser um professor que apesar de buscar a neutralidade escorrega uma vez na vida e outra na morte) esse número só contradiz mais ainda o ESP...

O terceiro quadro seria o mais favorável ao ESP, seria pois ele ignora que no meio acadêmico as pessoas adoram dizer (até por necessidade) que amam determinados autores sem ler os mesmos... Duvido mais da metade dos que dizem amar Paulo Freire ou Marx já leram qualquer livro dos dois... E aí? Bem digo que não mostra muita coisa pois Freire é usado em escolas até por pedagogos e professores de alegada tendência conservadora, enquanto eu mesmo sendo de esquerda não simpatizo nem um pouco com as obras do mesmo e gosto de autores que seriam normalmente mais "conservadores" como os jesuítas e autores que lidam com a educação em artes liberais (aliás, esse é o modelo de educação que eu defendo)...


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/guilhermeboulos/2014/07/1490579-reinaldo-azevedo-e-a-direita-delirante.shtml

Depois o Miguel acaba confessando que considera positiva a doutrinação de direita, sendo assim só ataca a de esquerda:

"
Nesse quadro de quase monopólio esquerdista na educação, a existência de uma pequena minoria de professores de direita (liberais ou conservadores) que usa suas aulas para promover suas próprias convicções políticas e ideológicas é até um bem para os alunos, porque os ajuda a enxergar a realidade sob uma perspectiva cujo acesso lhes é negado sistematicamente."

As únicas partes que eu concordo plenamente, justamente por isso insisto que a doutrinação de direita também deve ser denunciada, são as seguintes:
"Professor, toda ideologia -- seja de direita, de esquerda ou de outro gênero -- atrapalha o conhecimento da realidade. Mas nada atrapalha mais esse conhecimento do que ver o mundo sob o prisma de uma única ideologia."

"Afinal, a doutrinação política ideológica em sala de aula não é apenas uma prática ilícita; é uma prática covarde e imoral. O professor abusar da autoridade que lhe é conferida pela cátedra; do poder de fato e de direito que exerce sobre os alunos; da circunstância de os alunos serem obrigados a assistir às suas aulas; do temor, da insegurança, da imaturidade, da falta de conhecimento e da inexperiência dos alunos para manipulá-los, para tentar cooptá-los, para tentar transformá-los, como eu disse, em réplicas ideológicas de si mesmo, é um ato de suma covardia."

Espero que o sr. Miguel esteja disposto a cerrar fileiras no combate contra toda e qualquer doutrinação em escolas, ao invés de inocentemente (ou não) apenas repetir os mesmos atos de quem ele tanto critica.

Fraternalmente