O desrespeito do CNE com os alunos de Teologia

on domingo, 8 de junho de 2014
Uma notícia está deixando a maioria dos alunos de Teologia no Brasil aflitos...

Até hoje o MEC autorizava que as faculdades de Teologia devidamente reconhecidas (que são poucas e geralmente pertencentes a um grupo restrito de igrejas) a reconhecerem o curso de teologia feito nos seminários das diversas instituições religiosas, evidentemente após a devida análise das matérias já estudadas e com a realização das matérias não cursadas/dispensadas...

Concordo que existem muitos "seminários" por aí oferecendo cursos livres sem nenhuma qualidade e que é POSSÍVEL que uma faculdade possa ignorar a qualidade e validar o diploma, mas ela pode ignorar a mesma qualidade em seu próprio curso e oferecer uma qualidade tão baixa quanto ou até pior do que a dos piores seminários. Nesse caso cabe, como em qualquer outro curso de graduação,que o MEC fiscalize os cursos de convalidação.

Apesar de entender que o atual sistema garante uma boa relação entre qualidade acadêmica e liberdade religiosa, pois assim permite que cada um estude parte das matérias em sua própria religião (já que geralmente as menores religiões/denominações tem dificuldades para botar e apenas complete o quadro acadêmico em outra religião. O CNE pode colocar regras mais rígidas? Sim e eventualmente até deve.

Então qual é o problema? O problema é que o CNE pretende dar apenas 1 ano de prazo para os que já concluíram o curso de Teologia (livre) convalidarem seus cursos, o problema que as pessoas que estão cursando esses cursos livres (que duram uns 3 ou 4 anos) e já dedicaram seu tempo e dinheiro vão ter jogado tudo isso no lixo. O prazo deveria ser de pelo menos 5 anos para que os que já estão cursando não sejam prejudicados.


http://www.ultimato.com.br/conteudo/cne-impede-convalidacao-nas-diretrizes-curriculares-para-teologia

Os nossos parlamentares e nossa presidente deveriam intervir na situação para evitar prejuízos para um número significativo de brasileiros. Aliás, essa situação só reforça a minha visão sobre a bancada dita evangélica pois esse seria um assunto que interessa não só aos evangélicos, mas interessa eles também (e muito), mas os parlamentares ditos evangélicos nada estão fazendo. Será que se estivéssemos falando de reconhecer algum direito dos homossexuais eles estariam tão omissos? Estou certo que não...

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